Com a chegada do inverno e a queda de temperatura, a tendência é deixarmos os treinos um pouco de lado. Alimentos quentes e calóricos se tornam mais atrativos para o cérebro, sempre em busca da autopreservação. Assim, criamos barreiras mentais que podem dificultar a vida mais ativa, o que exige um esforço extra e muita disciplina para a manutenção de uma rotina saudável, com movimento, longe do sedentarismo e seus malefícios.
“Aqueles que conseguem superar as diversas barreiras impostas por este clima friozinho poderão usufruir dos benefícios adicionais associados ao exercício físico nessa época do ano”, diz o professor de educação física da Estácio, Daniel Carvalho Pereira.
O professor lembra ainda que é de conhecimento popular que o exercício físico provoca melhora da saúde cardiovascular e aumento da capacidade pulmonar, da resistência, da força muscular, da flexibilidade, entre outras habilidades motoras. Além disso, reduz o estresse, melhora a qualidade do sono e do humor; promove o fortalecimento dos ossos e o desenvolvimento da massa muscular. Essas e outras contribuições do exercício para a qualidade de vida podem ser ampliadas quando realizadas em baixas temperaturas.
“O aumento do gasto calórico é um dos benefícios, já que o metabolismo acelera e o corpo queima mais calorias para se manter aquecido. Há ainda outros benefícios, como a melhora do sistema imunológico, a redução de inflamações, a melhora do desempenho cardiovascular e dos estímulos mental e emocional de quem se exercita no frio”, diz.
Porém, alguns cuidados devem ser observados para que tudo ocorra em segurança. “Antes de tudo, faça um bom aquecimento – movimente todas as articulações (tornozelo, joelho, quadril, cotovelo, ombro) e realize movimentos dinâmicos que reproduzam a atividade que será realizada posteriormente. Invista nisso de 10 a 15 minutos”, diz o professor.
Também é recomendável o uso de roupas adequadas, que permitam a transpiração, mas que ao mesmo tempo não deixem o calor se dissipar excessivamente. “Manter o corpo aquecido é fundamental”.
Daniel ressalta também que é essencial evitar condições extremas. Em dias de muito frio ou com chuva intensa, é melhor evitar o exercício ao ar livre. “Vale a pena optar por uma atividade indoor. O importante é escolher uma modalidade que seja prazerosa e segura, que possa ser realizada de acordo com as condições climáticas e as disponibilidades de espaço e equipamentos”.
Para o exercício dentro de casa, o professor dá algumas boas dicas:
Não esqueça de se aquecer – “Comece fazendo um aquecimento com movimentos circulares das articulações de tornozelo, quadril, ombro e punho”.
Circuito por tempo – Em seguida iniciaremos uma sequência de exercícios feitos sem descanso, que será repetido 8 vezes com descanso de 1 a 3 minutos ao final de toda a sequência de movimentos. Todos os exercícios serão realizados por 30 segundos nesta sequência: Polichinelo, agachamento, flexão de braço, abdominal supra, passada”.
Alongue-se – “Ao final realize alongamentos de membros superiores e inferiores. Mas lembre-se: esta é apenas uma dica, um treino genérico. O ideal é sempre o acompanhamento de um profissional formado e habilitado pelo Conselho Regional de Educação Física”.