Setembro Verde: Conheça mitos e verdades sobre câncer colorretal

Setembro Verde: Conheça mitos e verdades sobre câncer colorretal

A importância da prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer colorretal

O mês de setembro reforça a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer colorretal, tumor que abrange o intestino grosso, reto e o ânus. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), anualmente são diagnosticados cerca de 40 mil novos casos no Brasil. Nos homens, a neoplasia é a segunda mais incidente, perdendo apenas para o câncer de próstata.  Já entre as mulheres, esse tipo de câncer fica atrás somente do câncer de mama.

Uma maneira de prevenir a doença é com a detecção e remoção dos pólipos intestinais, que potencialmente podem evoluir para o câncer. Por isso, a recomendação é iniciar o rastreio a partir dos 45 anos, ou antes, de acordo com histórico familiar. 

“Para identificar possíveis alterações, é realizada a colonoscopia, exame no qual um fibroscópio faz o inventário de todo interior do intestino grosso. Se houver presença de pólipos, ele poderá, na maioria das vezes, já ser retirado no próprio exame e enviado para análise”, comenta Cristiane Mendes, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.

Abaixo, a médica esclarece alguns dos principais mitos e verdades sobre a doença:

– Consumo excessivo de carne vermelha é considerado fator de risco? 

Verdade. De acordo com relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo elevado de carne processada e vermelha com alto teor de gordura está associado ao aumento de incidência de tumor colorretal. O ideal é que esse tipo de alimento seja ingerido, no máximo, duas a três vezes por semana. Além disso, a dica é priorizar a carne vermelha magra, alternando com carnes brancas, ovos e leguminosas.

– Enquanto não tiver sintomas, não preciso me preocupar?

Mito. É preciso estar atento aos sintomas para todos os tipos de câncer. Os tumores costumam ser silenciosos e, na maioria dos casos, quando começam a surgir os sinais, provavelmente a doença já está em um estágio mais avançado – podendo demandar em um tratamento mais intenso. 

– Sedentarismo e obesidade também contribuem para aumento da incidência? 

Verdade. Além do sedentarismo e da obesidade, o alcoolismo e o tabagismo também são fatores de risco. Manter o peso corporal adequado, praticar atividade física regular, inserir na rotina alimentar fibras e diminuir consumo de alimentos processados são práticas que diminuem o risco de câncer de intestino. Além desses fatores, é fundamental ainda realizar acompanhamento médico e fazer exames periodicamente para a manutenção da saúde.

– Sangramento nas fezes é um alerta para a doença? 

Verdade. Os sinais e sintomas mais frequentes relacionados à neoplasia são: sangramento nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza, anemia e, até perda de peso sem causa aparente. Lembrando que doenças benignas também podem causar sangramento intestinal. Por isso, ao surgir esse tipo de sintoma, é importante buscar ajuda médica.

– A doença afeta somente pessoas acima de 50 anos? 

Mito. Existe um aumento atual de diagnósticos em indivíduos entre 40-45 anos. Isso ocorre, principalmente, em quem possui um ou mais dos fatores de risco ou casos na família. Em situações como essa, o rastreio deverá ser antecipado.

Dra. Cristiane Mendes, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto — divulgação

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