Rastreamento do câncer de mama – o que há de novo?

Rastreamento do câncer de mama – o que há de novo?

Faixa etária de rastreamento do Câncer de Mama, que passou a ser dos 40 até 74 anos ou mais

Embora as novas gerações estejam mais preocupadas com a saúde e busquem melhorar a qualidade de vida e longevidade, houve uma ampliação da faixa etária de rastreamento do Câncer de Mama, que passou a ser dos 40 até 74 anos ou mais, segundo dados divulgados pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e Sociedade Brasileira de Mastologia. 

Em contrapartida, com uma maior difusão da informação, avanços científicos, técnicas de diagnóstico e tratamento precoces de doenças, observamos cada vez mais um aumento da expectativa de vida da população. Segundo dados do IBGE, em 2022, a expectativa de vida atingiu 80,67 anos em mulheres brasileiras. 

De acordo com estudos, a médica ginecologista e professora do IDOMED, Mariana A. F. Arouca, relata que uma célula mamária alterada pode levar cerca de 7 a 10 anos para se manifestar na forma de câncer detectável. “Observamos que está havendo uma tendência à expansão na idade de rastreamento e, mais do que nunca, a informação é fundamental para prevenção, diagnóstico precoce e aumento da expectativa de vida. Cabe às instituições de Saúde e Educacionais promoverem e intensificarem medidas educativas, ações de incentivo ao autocuidado e estimularem uma mentalidade preventiva na população”, explica. 

A mamografia ainda é o principal meio de detecção, que pode, dependendo do caso, ser incrementada por novas técnicas digitais de imagem, incidências especiais e técnicas compressivas. Mulheres com próteses mamárias, dentro da faixa etária de rastreamento, também devem realizar o exame. 

Já os casos específicos, relacionados a doenças genéticas, são um grande desafio para a definição de rastreamento e intervenções precoces. “Pacientes com forte história familiar de câncer de mama ou já diagnosticadas como portadoras de mutações genéticas devem ser monitorizadas em idades mais precoces, tanto com mamografia anual, a partir de 30-35 anos, como ressonância magnética das mamas, a partir de 20-30 anos, e ultrassonografia complementar, a depender do caso”. 

Boas práticas de saúde, alimentação saudável, controle de peso, realização de atividade física regular e evitar hábitos nocivos, como álcool e tabaco, ainda são os pilares da prevenção de qualquer doença, seja ela metabólica ou neoplásica. 

“Mesmo que ainda tenhamos divergências entre as recomendações dos protocolos de rastreamento do câncer de mama, entre Ministério de Saúde/INCA e as sociedades médicas, deve ser garantido o acesso ao atendimento de rotina ginecológica e a realização dos exames, dentro dos recursos disponibilizados e ofertados à população”, finaliza. 

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