No principal ponto turístico da cidade, o Parque Ecológico Fazendinha “Dr. Renato e Armando Pagano”, que já se tornou o cartão postal de Cravinhos, estão alguns poços, entre eles, a lagoa maior que se tornou a principal. Já virou rotina dos pescadores, em suas horas vagas, levarem suas “tralhas” e tentarem fisgar um peixe para saborear com a família e os amigos.
Mas como todo esporte existem os apaixonados, Cravinhos também atrai pescadores esportivos, que devolvem peixes à lagoa.
Foi o caso do jovem Murilo Eduardo, que teve um vídeo seu circulando pelas redes sociais, mostrando o seu ‘troféu’ do último domingo (24).
O pescador estava acompanhado do seu irmão e mais dois amigos, e para sua surpresa, fisgou uma Carpa Cabeçuda, de mais de 15 kilos. O curioso para todos que acompanharam o vídeo, é que o peixe foi devolvido à lagoa, mesmo a pesca e o peixe sendo gratuitos. “Há seis anos atrás, peguei um peixe ainda maior, da mesma espécie”, relembra Murilo.
Segundo Murilo, a isca usada foi ração. Ele também pratica pesca esportiva em vários rios e pesqueiros da região. “Foi no Parque que aprendi a amar a pesca, e também aprendi que a carpa é um peixe de aquário ou uma raça que limpa as lagoas, é uma espécie linda. O motivo da solta é sobre isso, aquela carpa tem muito a crescer e procriar coisas boas”, explica.
O pescador tem 21 anos e frequenta o Parque Ecológico desde quando ainda tinha 8 anos de idade. Naquela época, a propriedade ainda era particular, mas que agora passou a ser do município. “Tenho prazer em pescar, esse é o esporte que me sinto vivo e me faz ter lembranças da pessoa que sempre me incentivou e me ensinou, que é meu falecido pai Márcio, mais conhecido como Fininho”, relembra. “Quando fisgo um peixe dessa proporção a sensação é sempre a mesma, o coração acelera e a ansiedade de trazer ele para a margem é gigante. Eles são persistente e não desistem de lutar, temos que ter paciência pra deixar se cansar, e é assim que sempre consigo o prazer de pegar o peixe nos braços”, disse emocionado.
Murilo Eduardo também leva peixes para comer, dar para os amigos e família. “Muitas pessoas duvidam do coração bom e da honestidade que ainda existe no mundo. Eu sou criado para fazer o bem e assim eu faço. Mas quando você sabe a diferença de raças, se o peixe é novo ou já é mais velho, você começa ter a consciência e separar a pesca esportiva da pesca tradicional”, explica.
Para os frequentadores do Parque, ele deixa um recado: “Paciência e amor, são as palavras certas para quem gosta de pescar. Pesque com amor que vocês verão a diferença de fisgar um peixe. Não sou o melhor para o mundo, mas sou o melhor para mim, mesmo que alguns duvidem eu estarei sempre aqui para responder e ajudar a quem quiser. Tenho paixão no que eu faço e sou grato a Deus por esse dom”, finaliza.
Por: Leandro Cavalcanti
Fotos: arquivo pessoal