O bombeiro militar cravinhense Antônio Carlos Gonzaga Coelho reencontrou a filha dele após dois anos de buscas. A mãe da criança, Rubia Scrócaro Coelho, havia fugido com ela em agosto de 2020 após a Justiça determinar que a menina tinha que morar com o pai em Cravinhos/SP alegando conduta de alienação parental por parte da mulher.
O encontro ocorreu após uma denúncia anônima para a Polícia Militar, que encontrou a menina em uma escola de Goiânia/GO da cidade e avisou o pai. O bombeiro saiu do interior paulista na quarta-feira (25/05) e foi ao encontro da filha em um abrigo no outro estado.
“Agora tenho que mostrar o meu lado como pai, como é ficar com o pai, mostrar as coisas boas que a gente viveu, relembrar, criar novas memórias para ter uma imagem boa do pai que ela tem”.
O advogado da família do bombeiro, Alexandre Durante, disse esperar que, após o reencontro da garota, o juiz determine regras para visitas da mãe.
“Uma coisa que não tem lógica é a visita não ser assistida sabendo da possibilidade de ela pegar a criança e fugir. Mesmo que não seja determinado o final de semana [para visitas], mas se ela tiver a possibilidade e não for atrapalhar a questão da criança na escola, e tudo mais, o Carlos é uma pessoa de bem e não vai impedir isso para a mãe, mas desde que ela respeite tudo o que ficou determinado”, explicou.
RELACIONAMENTO CURTO
Antônio Carlos diz que conheceu Rubia em uma festa em Caldas Novas/GO e os dois começaram a namorar pouco tempo depois. Com três meses de namoro, segundo Antônio, Rubia engravidou e então passou a insistir para que casassem.
Ele, no entanto, preferia que eles seguissem como namorados até o nascimento da criança.
De acordo com o bombeiro, por conta da profissão, era inviável que ele se mudasse para Brasília/DF, onde Rubia morava, mas a mulher seguia forçando a mudança.
Mesmo após o nascimento da filha, Rubia seguiu insistindo pelo casamento e, quando a menina tinha três meses de idade, o relacionamento terminou.
DECISÃO FAVORÁVEL AO PAI E FUGA DA MÃE
O bombeiro também relatou que, após o casal se separar, a Justiça decidiu pela guarda compartilhada da menina, com residência fixa no lar materno, em Brasília, onde a criança nasceu.
Porém, o bombeiro disse que a mãe dificultou as visitas dele à filha colocando empecilhos, inclusive se mudando para outro estado sem comunicá-lo e sem falar com a Justiça.
Diante dos relatos do pai, o juiz Lauro Augusto Fabrício de Melo Filho, em decisão proferida no dia 18 de agosto de 2020 em Curitiba/PR, onde a mãe morava com a criança, considerou “resistência materna, que não se limita a criar empecilhos para as visitas, mas também em lhe (ao pai) fornecer informações sobre a filha” e determinou que a menina passasse a morar com o pai.
De acordo com o bombeiro, foi a partir dessa decisão que a mãe começou a fugir com a menina. Ele ficou dois anos sem notícia da menina até que, em abril deste ano, Rúbia foi parada em uma blitz policial em Goiás.
A menina estava junto com ela e foi levada ao Conselho Tutelar de Anápolis, mas uma câmera de segurança flagrou o momento em que a menina sai do órgão acompanhada de Rúbia.
“Ela morou por Brasília, eu fui para Brasília. Depois para Curitiba, fui para Curitiba. Agora fiquei quase dois anos sem ver minha filha. Então, foi uma batalha que realmente desgastou, estava tirando minha paz e agora vou estar nesse processo de readaptação com a minha filha. Dois anos quase afastados então a cabecinha dela sofreu muito com tantas mentiras, tantas coisas ruins que aconteceram”.
Por EPTV 2
Fotos: divulgação