Morre idosa dada como morta e ‘velada’ por engano dias antes enquanto estava viva

Morre idosa dada como morta e ‘velada’ por engano dias antes enquanto estava viva

Neide Rossi, de 73 anos, morreu na madrugada de quarta-feira (4). No fim de semana, hospital em Ribeirão Preto havia comunicado aos familiares dela morte de outra mulher.

Morreu na madrugada de quarta-feira (4) a idosa que foi velada por engano enquanto ainda estava viva, em Cravinhos.

A vítima é Neide Rossi Benzi, de 73 anos. No último fim de semana, a Santa Casa de Ribeirão Preto (SP), equivocadamente, havia comunicado aos familiares dela a morte de outra mulher, Neide Basso, de 81 anos.

A confusão só foi percebida no velório, no domingo (1º). Familiares de Neide Rossi perceberam que o corpo não era da parente e, ao conferirem o atestado de óbito, confirmaram que a Santa Casa havia liberado o corpo de Neide Basso.

Neide Rossi permaneceu internada até quarta-feira (4) tratando uma pneumonia, mas também não resistiu.

Em nota, a Santa Casa confirmou a morte e prestou solidariedade à família.

FAMÍLIA PRETENDE ACIONAR JUSTIÇA

Familiares de Neide Basso, que teve o corpo velado por outra família devido ao erro da Santa Casa no fim de semana, informou que pretende acionar a Justiça. O jornalista Daniel Basso, irmão da idosa, registrou um boletim de ocorrência.

“É triste pra minha família toda e pra família de Cravinhos que passou por tudo isso, indo para o velório de uma pessoa que não estava morta. Isso jamais deve acontecer”, afirma.

Neide Basso, que é de Pontal (SP) e estava internada para tratar uma infecção urinária, morreu no sábado (30).

MORTE COMUNICADA À FAMÍLIA CERTA UM DIA DEPOIS

Daniel Basso conta que só soube da morte da irmã no domingo, quando Neide já era velada em Cravinhos.

“Olha o absurdo. Ligaram para uma família de Cravinhos dizendo que tinha morrido uma tal de Neide, e a mulher, a paciente de Cravinhos, chama Neide, mas o sobrenome é totalmente diferente, não tem nada a ver com o sobrenome da minha irmã. E levaram essa Neide para Cravinhos, que é minha irmã”.

Ele estava a caminho da Santa Casa para a visita, quando recebeu o telefonema de um sobrinho, que já estava no hospital, dizendo que tinha sido informado que Neide tinha morrido há um dia.

“Ninguém ligou pra gente, inclusive quando ela foi internada, eu coloquei os telefones de todos os irmãos, são cinco. Eu ainda liguei para todos, porque pensei, às vezes ligaram e vocês não atenderam. Mas não tinha ligação, ninguém ficou sabendo de nada. A gente só soube porque era o horário de visita”, diz.

SANTA CASA E FUNERÁRIA

Procurada, a Santa Casa de Ribeirão admitiu uma inconsistência na comunicação. O hospital informou, em nota, que ocorreu uma inconsistência na comunicação com as famílias e disse que presta sua solidariedade aos familiares.

“A instituição reforça seu compromisso e se coloca à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos à família, oferecendo todo o acolhimento necessário, suporte e assistência.”

Ainda segundo a Santa Casa, uma análise interna detalhada foi iniciada para a apuração dos fatos.

A funerária responsável pelo transporte do corpo até Cravinhos atribuiu a culpa à Santa Casa. Segundo Gilberto Boldrin, toda documentação foi conferida pelas pessoas responsáveis pela liberação.

Fonte: G1 Ribeirão e Franca

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