Presídio

Deslizes afligem meu semblante fechado.

Tomo a retidão da estrada

Extirpo minha calma

Estúpidos cadeados fecham a minha cela.

Numa aquarela coloco meus traumas

As cores se apagam então fico sem vida para pintar

O vazio do meu semblante e o desgosto da cela

Sôfrega a minha ânsia

Hipocrisias afundam o meu barco

Feridas apagam a luz do meu sol

Então encho o copo com ml de lágrimas

Não machuco seres que não me convêm.

Não esvazio tonéis de ignorância

Não blasfemo

Oro e agradeço

Bebo do cálice

Viro páginas para me libertar desse mundo tranca

Do precário de vida e felicidade.

Valéria Rizzo Stella

É uma talentosa escritora apaixonada por histórias antigas. Com sensibilidade e profundidade, traz aos leitores poesias envolventes e curiosidades fascinantes sobre as civilizações do passado.