Deprimidamente a tristeza me arremessa acolá dos paredões do medo um medo tolo e eufórico não precavido dos barrancos e pesadelos da vida.
Depressão maldito luto embora nocauteada estupidamente minha alma pede socorro um desaver submisso me joga em desfiladeiros sem volta.
Caminho trôpega e fraca com ideais repulsivos cólera forte quebra as minhas vértebras congela o coração faz tremer meus sustentáculos.
Então me sinto arredia e rebelde envenenada com cianureto minhas palavras mudas meu grito calado me joga em precipícios azoicos. Catacumbas irreversíveis labirintos sem volta.
É nesse estado que procuro a arte modelando a imperfeição aqui coloco o meu expressar carente com giz de cera pinto a minha insatisfação dando evasão a rejeição que atrocida o meu haver.
Realizada controlo o meu ímpeto com paciência ludibrio a minha insatisfação solitário cavo alicerces. Refaço a minha vida com a arte.
Um curativo que salva.
Não maltrata minhas entranhas
Não machuca o meu coração
Não suja as minhas lágrimas.
