Mais de 57% dos brasileiros enfrentam dificuldades com seus superiores, segundo pesquisa

Mais de 57% dos brasileiros enfrentam dificuldades com seus superiores, segundo pesquisa

Brasil ocupa hoje o segundo lugar no ranking mundial de casos de Burnout, segundo o Ministério da Previdência Social.

Pesquisas apontam que a relação entre chefes e equipes ainda é um grande desafio no Brasil. Um levantamento da EDC Group aponta que 57% dos profissionais consideram sua relação com pessoas em cargo de liderança difícil ou até tóxica, citando fatores como excesso de cobrança, falta de abertura para diálogo, centralização e pouca capacidade de gestão.

O impacto dessas práticas vai além da rotina de trabalho. De acordo com o The Workforce Institute, as atitudes dos líderes influenciam diretamente na saúde mental de até 69% dos colaboradores.

Não por acaso, o Brasil ocupa hoje o segundo lugar no ranking mundial de casos de Burnout, com mais de 472 afastamentos por transtorno mentais em 2024, segundo o Ministério da Previdência Social.

A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional causado por excesso de trabalho. Os sintomas envolvem nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas, alterações no apetite, pressão alta, insônia, dificuldades de concentração, dentre outros. 

Quando a sensação de estresse e a falta de motivação para sair da cama ou de casa se tornam frequentes, isso pode ser um alerta para o início de um quadro de adoecimento.


Ambiente saudável

Para o empresário e palestrante, Mário Rossi, fundador do Instituto AOD e Grupo First, os números reforçam a necessidade de líderes mais humanos e próximos de sua equipe.

“Toda segunda-feira eu dedico uma parte da manhã para conversarmos na clínica, entender como estão, como passaram o final de semana. Essa troca cria confiança, fortalece os vínculos e ajuda a prevenir situações de desgaste emocional na equipe”, afirma.

Na visão de Rossi, criar espaços de diálogo semanal contribui para que os colaboradores se sintam valorizado parte de um ambiente mais saudável, o que fortalece a motivação e reduz a sensação de isolamento.

“Liderar não é só resultado, é cuidado. Quando o líder cria um espaço para diálogo, abre caminhos para equipes mais saudáveis, engajadas e preparadas para alcançar alta performance”, finaliza.

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