Fisioterapia para pessoas mastectomizadas passa a ser garantida pelo SUS

Fisioterapia para pessoas mastectomizadas passa a ser garantida pelo SUS

Fisioterapeuta Dra. Daniella Leiros destaca que a reabilitação pós-cirurgia de câncer de mama é fundamental para reduzir impactos do procedimento e apoiar o retorno pleno e integrado à rotina.

A assistência fisioterapêutica a pessoas submetidas à mastectomia agora é garantida por lei. Sancionada no dia 21 de novembro pelo presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, a Lei 15.267/2025 determina que o Sistema Único de Saúde (SUS) ofereça fisioterapia a pacientes que passam pela retirada parcial ou total da mama – procedimento realizado no tratamento do câncer de mama.

Fisioterapia ajuda no processo de recuperação em tratamentos do câncer de mama. (Divulgação)


Até então, a legislação previa apenas o direito à cirurgia plástica reconstrutiva. Com a ampliação, o cuidado fisioterapêutico passa a integrar o processo de reabilitação desses pacientes, etapa considerada essencial por especialistas, como parte do processo de cura ampliada, reforçando o valor do SUS interativo.

A fisioterapeuta Daniella Leiros. (Divulgação)

Segundo a Dra. Daniella Leiros, fisioterapeuta especialista em Saúde da Mulher, o trabalho no pós-operatório tem foco na redução de dores, melhora da mobilidade dos ombros e pescoço, prevenção de retrações e aderências cicatriciais e controle do linfedema – inchaço comum após a remoção de gânglios linfáticos.

Para ela, mais do que recuperar funções físicas, a fisioterapia ajuda na reintegração à rotina e na qualidade de vida após o tratamento. “O objetivo é que a pessoa que passou pela cirurgia volte à sua vida plena, não apenas como alguém que sobreviveu ao câncer, mas como alguém que vive com autonomia e segurança. Reintegrar-se ao próprio corpo, à própria história e ao seu cotidiano social ”, comenta Daniella.

Além dos benefícios funcionais e emocionais, a fisioterapia tem impacto direto na redução de custos para todo o sistema de saúde. Quando iniciada no pré e no pós-operatório imediato, ela diminui a incidência de complicações, reduzindo reinternações, tempo de recuperação, afastamentos e necessidade de procedimentos adicionais.

“Esse cuidado especializado diminui o adoecimento físico e emocional, reduz morbidade e mortalidade associadas ao tratamento do câncer e gera economia para o SUS, para os planos de saúde, para a família e para a própria pessoa acometida. Investir em fisioterapia é, portanto, investir em saúde integral, sustentabilidade do sistema e qualidade de vida”, comenta a fisioterapeuta.

A norma, publicada no Diário Oficial da União da última segunda-feira (24/11), entra em vigor em 180 dias e se aplica a mulheres e homens, quando houver indicação médica.

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