A chegada das baixas temperaturas marca também o aparecimento de uma série de alergias e doenças dermatológicas. Eczemas, psoríase e dermatite seborreica (descamação da pele) são algumas das afecções mais comuns nessa época do ano, de acordo com a dermatologista e professora do IDOMED, Dra. Fabíola Anders. Uma das causas: os banhos excessivamente quentes.
A dermatologista explica que a oleosidade natural da pele é muito importante para proteger o corpo do frio e evitar a proliferação de bactérias, fungos, vírus e poluentes do ar, além de manter a derme longe de alérgenos como poeira, mofo e fibras de tecidos.
“No frio, além de menor sudorese e menor ativação das células que produzem o manto hidrolipídico da pele, temos o hábito de tomar banhos quentes e demorados, que diminuem ainda mais a proteção natural da pele, por isso ela fica mais seca e suscetível”, diz Fabíola.
Além disso, a pele seca pode causar incômodos como coceira que, quando agravada, pode levar ao aparecimento de eczema – um problema caracterizado por irritação na pele com vermelhidão. A pele pode ficar escamosa e, algumas vezes, apresentar rachaduras ou pequenas bolhas.
A dermatologista lista alguns cuidados necessários para manter a pele saudável durante o inverno.
· Não tomar banho muito quente e prolongado. “O ideal é tomar banhos rápidos e mornos, com sabonetes neutros e hidratantes, que ressecam menos a pele”;
· Não usar buchas vegetais, esponjas, cremes ou sabonetes de banho com grânulos (com exceção das áreas de pele mais grossa, como cotovelos, joelhos e pés);
· Utilizar esfoliantes no corpo, no máximo, de uma a duas vezes por mês, com grânulos finos;
· Secar-se com toalhas felpudas, principalmente nas áreas de dobras do corpo (dedos, pés, virilhas e axilas) para evitar qualquer micose oportunista;
· Aplicar um bom hidratante corporal com produtos à base de ureia, ácido lático, ácido hialurônico, óleos vegetais, vitaminas e antioxidantes.
Manter, mesmo no frio, o hábito de tomar água com regularidade (dois litros por dia).