Um caso de extrema violência chocou os moradores do bairro Vila Claudia, em Cravinhos/SP, no último sábado (15/02). De acordo com a Polícia Civil, uma menina de 5 anos teria sido abusada sexualmente por um vizinho, enquanto sua irmã gêmea foi enforcada pelo mesmo agressor. O crime, que envolve duas crianças, revoltou a comunidade local, que invadiu a casa do suspeito e quebrou as janelas e móveis do imóvel em um ato de indignação.
O pai das crianças, que preferiu não se identificar, relatou que estava dormindo no momento do crime e acordou com o choro das filhas. Ele contou que havia deixado as meninas brincando com seu celular no sofá da sala antes de se deitar. “Ele aproveitou que eu entrei [no quarto] e dormi. Só acordei com elas chorando. Ele veio aqui, pegou minhas filhas e levou para a casa dele. Lá, ele abusou da mais velha e enforcou a mais nova, que são gêmeas. Até as marcas no pescoço da minha filha estão lá”, desabafou o pai, visivelmente abalado.



Segundo o relato, o suspeito teria levado as crianças para sua residência sob o pretexto de buscar uma chave. Após cometer o crime, ele teria trazido uma das meninas de volta para a casa da família e a deixado no sofá, onde foram encontradas marcas de sangue. A outra criança, que foi enforcada, também foi devolvida ao local.
Revolta popular e prisão do suspeito
No dia seguinte ao crime, a população local, tomada pela revolta, invadiu a casa do acusado e quebrou as janelas e os móveis do imóvel. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a movimentação da Polícia Militar no local durante a tarde de domingo (16). O suspeito foi preso e levado para uma cadeia pública da região, onde aguarda as investigações da Polícia Civil.
A criança que foi abusada sexualmente passou por atendimento médico e realizou o exame de corpo de delito. As marcas no pescoço da irmã gêmea, que foi enforcada, também foram documentadas pelas autoridades.
Acusações contra a esposa do suspeito
Uma prima da vítima, Natália Barbosa, afirmou em entrevista ao Programa do Leo que a esposa do suspeito sabia do ocorrido e não teria feito nada para impedir o crime. “Ele ligou várias vezes para ela, mostrou áudios das crianças chorando, e ela não se importou. Ela sabia de tudo e poderia ter pedido ajuda, mas não fez nada”, denunciou Natália. A prima ainda acrescentou que a esposa do acusado teria ido até a casa da família pedir desculpas e mostrado áudios ao pai das vítimas. “Ela é cúmplice. Queremos justiça”, disse.
Já a irmã da esposa do suspeito, Isabela Soares, defendeu a familiar, afirmando que ela não estava presente no momento do crime. “Minha irmã estava na casa da minha mãe. Ele ligou para ela, mas ela não atendeu. Ele mandou mensagens, e agora todo mundo está julgando ela”, declarou Isabela em entrevista ao mesmo programa.
O caso continua sob investigação da Polícia Civil de Cravinhos, e a comunidade local cobra justiça para as vítimas e punição severa ao acusado e possíveis cúmplices.