Cigarro eletrônico é tão prejudicial à saúde quanto cigarro tradicional

Cigarro eletrônico é tão prejudicial à saúde quanto cigarro tradicional

Segundo oncologista, com o uso do dispositivo diversos tipos de doenças têm surgido precocemente, incluindo o câncer de pulmão

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o uso dos cigarros eletrônicos, também chamados de vaper, pode causar doenças respiratórias como o enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer. Ainda de acordo com o INCA, mais de 30 mil brasileiros são diagnosticados anualmente com câncer de pulmão – cerca de 13,5% de todos os novos casos da doença – e 85% estão associados ao consumo de derivados de tabaco. 


“Tanto o cigarro tradicional quanto o eletrônico são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de câncer. Além do tipo de neoplasia de pulmão, o tabagismo também está relacionado ao aparecimento e evolução de outros tumores como o de cabeça e pescoço, esôfago, bexiga, dentre outros”, afirma Carlos Fruet, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto. 
 

Segundo o Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária (IECS), além dos altos índices de câncer de pulmão, o país registra anualmente cerca de 25 mil mortes ocasionadas por outros tipos de cânceres relacionados ao tabagismo.


Sobre o uso do cigarro eletrônico, o médico ressalta ainda que os riscos à saúde podem ser iguais ou até maiores do que os do cigarro comum. ”As pessoas optam por usarem o vaper como alternativa, porém, ele não combate o vício em tabaco e ainda contém substâncias tóxicas, metais pesados, como o chumbo e a nicotina que, provocam maior dependência. Uma versão moderna do mesmo mal”, finaliza.
Para o oncologista Carlos Fruet, parar de fumar é a melhor alternativa para o organismo se recuperar e os riscos de câncer diminuírem com o tempo. “Após 20 minutos sem fumar já é possível ter benefícios como melhora da pressão arterial; em duas horas já não há mais nicotina circulando no sangue, entre 12 e 24 horas já há certa melhora na função pulmonar, após um ano o risco de morte por infarto cai pela metade. Também há menos chance de desenvolver neoplasias de boca, faringe, esôfago e bexiga e após 10 anos sem fumar a recompensa é ter metade da probabilidade de morrer de câncer de pulmão do que uma pessoa que fuma”, reforça.

Dr. Carlos Fruet – Oncologista no InORP Oncoclínicas

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