Cesta Básica em Ribeirão tem novo aumento, aponta estudo da Acirp

Cesta Básica em Ribeirão tem novo aumento, aponta estudo da Acirp

Kit de alimentos subiu 3,07% em relação a outubro e acumula alta pelo segundo mês consecutivo

O preço dos alimentos subiu mais uma vez em Ribeirão Preto e apresentou uma inflação de 3,07% em novembro em relação ao mês anterior. Levantamento da Associação Comercial e Industrial (Acirp) aponta que o custo médio da cesta básica nos últimos 30 dias foi de R$ 630,83. 
A coleta de dados foi feita no dia 17 de novembro. Os analistas da Acirp 11 onze supermercados/hipermercados e quatro panificadoras distribuídas entre as cinco regiões do município. 
Até agora, no acumulado desde maio deste ano, quando o índice começou a ser calculado, houve recuo de -2,13% nos preços do kit mínimo. O aumento de preços entre outubro e dezembro se deve, principalmente, a fatores de demanda e condições climáticas, de acordo com os pesquisadores do Instituto de Economia Maurílio Biagi, responsáveis pelo estudo.  
“Nesse sentido, com a aproximação das festas de fim de ano e a injeção do 13º na economia, observa-se um crescimento do consumo das famílias, incluindo itens alimentares, cujo choque de demanda gera um aumento dos preços alimentares”, explica Lucas Ribeiro, analista do IEMB-Acirp.  
Ele destaca ainda que o elevado crescimento das temperaturas (associado ao fenômeno El Niño) altera o padrão de chuvas, impactando no desenvolvimento de safras, especialmente as mais sensíveis ao clima, como a dos alimentos in natura.  
“Apesar das previsões para a inflação dos alimentos em 2023 ser menor que em 2022, espera-se uma aceleração inflacionária para o próximo ano, principalmente para o primeiro trimestre de 2024, puxado pelas condições climáticas”, diz Ribeiro. 
No conjunto, as carnes corresponderam a 38,96% do orçamento total, seguidas de frutas e legumes (27,1%), farináceos (20,94%), laticínios (5,97%), leguminosas (3,82%), cereais (2,45%) e óleos (0,76%).  

Índice por região 
Analisando o custo da cesta de consumo por local, a região Sul apresentou a ração mensal mais cara do município (R$ 656,81), com um aumento de 5,12% em relação a outubro. Os alimentos que mais impulsionam a alta foram banana nanica (+10,94%), alcatra (+9,85%) e açúcar cristal (+8,78%).  
Já a cotação na região Norte foi a mais barata (R$ 575,54), embora tenha tido a variação de preços mais expressiva (+8,27%). Nessa área, o aumento foi puxado por pão francês (+31,71%), banana nanica (+20,04%) e óleo de soja (+19,38%). 
Na zona Oeste, o custo da cesta foi de R$ 612,02 (variação de 2,98%) e na Leste, de R$ 655,60 (3,16%). Depois de ter registrado em outubro os maiores valores da cidade, a região Central foi a única a apresentar uma ligeira queda, onde a cesta custou em média R$ 650,73 (-0,27%). 

Dados do estudo 
Os 13 itens avaliados mensalmente pela Acirp são os mesmos considerados pela cesta descrita no decreto nº 399/1938, que define as quantidades alimentares mínimas necessárias para atender às necessidades nutricionais mensais de um indivíduo de idade adulta.  
A cesta considerada pela Acirp inclui carne bovina (6 kg de alcatra), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 kg), arroz branco tipo 1 (3 kg), farinha de trigo (1,5 kg), batata inglesa (6 kg), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).  
Os locais de compra são determinados com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017-2018. O pão francês é o único item cotado também em padarias, uma vez que 60% dos ribeirão-pretanos preferem comprar este produto nestes estabelecimentos. 

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