Cesta básica em Ribeirão Preto custou em média R$ 590,00 no mês de setembro

Cesta básica em Ribeirão Preto custou em média R$ 590,00 no mês de setembro

Valor teve queda de 3,38% em relação a agosto; de maio até agora, a inflação sobre os alimentos foi de -8,41%
Quem ganha salário mínimo em Ribeirão gastou 48,36% da renda com despesa alimentar básica; ou 106,4 horas das 220 horas de carga laboral (3,7 horas a menos que em agosto), segundo IEMB-Acirp

O levantamento mensal do custo da cesta básica feito pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) mostra que em setembro o valor médio pago pelo ribeirão-pretano pelo kit de alimentos essenciais foi de R$ 590,32.

            O montante apresenta uma queda de 3,38% em relação a agosto. De maio até agora, a cidade registra uma inflação negativa de 8,41%. Os principais fatores que influenciaram a queda de preços foram as reduções da cotação de grãos devido a safras recordes e do custo dos insumos utilizados na pecuária, que influenciaram o preço final de carne e laticínios.

            A coleta de dados foi feita nos dias 14 e 15 de setembro de 2023 em 11 supermercados/ hipermercados e quatro panificadoras distribuídas entre as regiões Norte, Leste, Oeste, Sul e Central de Ribeirão Preto. Foram coletados os preços dos produtos que compõem a cesta de consumo segundo as provisões mínimas estipuladas pelo Decreto Lei nº 399/38.

            Dos 13 produtos avaliados pelos pesquisadores do Instituto de Economia Maurílio Biagi do Departamento de Relações Institucionais da Acirp, dez tiveram redução de preço desde agosto. Os itens com maior redução foram batata inglesa (-20,06%) e feijão carioca (-9,96%).

            De acordo com Lucas Ribeiro, analista do Instituto, a queda nas cotações da batata e do feijão está ligada a um cenário típico do período, marcado pelo início e intensificação das colheitas de inverno, principalmente no caso do feijão.

            “A safra de inverno, como é conhecida, corresponde, segundo a Embrapa, a 20% da produção nacional de feijão e, geralmente, é a mais produtiva, devido aos altos investimentos em insumos e tecnologia”, aponta Ribeiro.

            O aumento da oferta também foi estimulado pela valorização do real frente ao dólar, o que afetou o preço das matérias-primas importadas.

            “Com isso, houve um aumento na produção interna, mantendo o preço baixo nas prateleiras. Os países asiáticos, principais compradores de feijão, por questões culturais acabam preferindo o feijão-fradinho, o que também impacta no volume de exportação do feijão carioca”, completa o analista.       

Índice por região           

            A investigação do consumo por região em Ribeirão apontou que, mesmo com uma queda de 6% em relação a agosto, a zona sul ainda segue com a cesta básica mais cara do município (R$ 622,32).

            Os melhores preços foram encontrados nas regiões norte e oeste, que registraram valores de R$ 530,18 e R$ 579,85, respectivamente, sendo que a primeira apresentou redução de 12,79% no custo em relação ao mês anterior e a segunda, ligeira elevação de 1,18%.

            Na zona leste, a cesta básica custou R$ 614,91, indicando uma alta de 7,60%. Já na região central, o preço caiu para R$ 591,96 (-8,81% em 30 dias).

            O grupo alimentar que mais pesa no bolso do ribeirão-pretano, com 36,29% do valor total da cesta, é o da carne. Frutas e legumes absorvem 27,34% do orçamento, seguidos por farináceos (21,98%), laticínios (6,90%), leguminosas (4,07%), cereais (2,64%) e óleos (0,79%).

Dados do estudo

            A cesta considerada pela Acirp inclui carne alcatra (6 kg), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 kg), arroz branco tipo 1 (3 kg), farinha de trigo (1,5 kg), batata inglesa (6 kg), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).

            Os locais de compra são determinados com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017-2018. O pão francês é o único item cotado também em padarias, uma vez que 60% dos ribeirão-pretanos preferem comprar o produto nestes estabelecimentos.

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