Câncer de pênis: tabu e conscientização tardia dificultam o diagnóstico precoce

Câncer de pênis: tabu e conscientização tardia dificultam o diagnóstico precoce

Segundo o Inca, cerca de 50% dos pacientes deixam para procurar assistência médica após mais de um ano do aparecimento das primeiras lesões

Classificado como raro, o câncer de pênis representa atualmente 2% de todos os tipos de tumores que atingem a população masculina, acometendo principalmente homens com mais de 50 anos. A doença está associada a má higiene íntima, à infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e a não remoção do prepúcio, pele que reveste a glande do pênis.

De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil é um dos países com maior incidência do tumor no mundo, ficando atrás apenas de alguns países africanos. Ainda segundo os dados do Inca, a maioria dos pacientes acometidos pela neoplasia demoram mais de um ano para procurar assistência médica após o aparecimento das lesões iniciais.

Carlos Fruet, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto alerta para o tabu envolvendo a doença. “Estamos em um mês de campanha pela prevenção e diagnóstico precoce de tumores masculinos e vale ressaltar a importância da atenção e cuidado com o câncer de pênis. O tabu e a conscientização tardia seguem sendo os principais fatores prejudiciais para o diagnóstico precoce, podendo dificultar o tratamento e levar a amputação parcial ou total do órgão”, comenta o médico.

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em cerca de 25% dos casos de câncer de pênis no Brasil, o órgão precisa ser amputado. Somente em 2022, foram registrados 1.933 casos da doença no país e 459 amputações.

“Por interferir diretamente na vida sexual do paciente, o tratamento da doença geralmente resulta em estresse psicológico, emocional e social. Por isso, vale sempre destacar que este tipo de tumor pode ser evitado através de medidas simples, como a limpeza adequada do órgão, uso de preservativos e a vacinação contra o HPV”, explica Fruet.

Principais sinais e sintomas

O surgimento de ferida, úlcera persistente ou tumoração localizada na glande, prepúcio ou corpo do órgão, associados a uma secreção branca (esmegma), são as principais manifestações do câncer de pênis.

“É importante estar atento, pois esse tipo de lesão pode surgir debaixo do prepúcio, quando o paciente não consegue expor a glande (fimose). Outro ponto de atenção é para a presença de ferida inicialmente diagnosticada como infecção sexualmente transmissível, porém sem melhora após o tratamento. A presença de gânglios inguinais na virilha também pode indicar um avanço de progressão da doença (metástase)”, comenta o oncologista.

Prevenção e diagnóstico precoce

“A detecção precoce desse tipo de tumor pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da neoplasia, ou assintomáticas, mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença (homens com mais de 50 anos, infectados pelo papilomavírus humano (HPV) ou que não se submeteram à remoção do prepúcio. O descobrimento precoce do câncer possibilita encontrar o tumor numa fase inicial e, assim, aumentar as chances de um tratamento bem sucedido”, enfatiza Fruet.

Visando a prevenção da neoplasia de pênis, o Inca recomenda fazer a limpeza diária do órgão com água e sabão, especialmente após as relações sexuais e a masturbação. Além da higiene, a utilização do preservativo em relações sexuais é fundamental.

Tratamento

Carlos Fruet explica que o tratamento depende da extensão local do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais (ínguas na virilha). “Lesões iniciais podem ser tratadas com medicações aplicadas sobre as mesmas, ablação com laser, cirurgia para retirada com margens negativas e radioterapia. Já as lesões invasivas podem exigir medidas mais agressivas, como a retirada da glande, de parte do pênis ou amputação total”, finaliza o médico.

Sobre a Oncoclínicas&Co

A Oncoclínicas – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.600 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 135 unidades em 35 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando mais de 595 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional.

Para obter mais informações, visite https://grupooncoclinicas.com/.

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