No final do século XIX existia um homem chamado Diogo da Rocha Figueira, mais conhecido como Dioguinho. Ele aterrorizava todo o interior de São Paulo com seus crimes e sua fama de assassino.
Atualmente, várias histórias são contadas nas conversas de pessoas mais velhas, que ouviram de seus antepassados casos sobre esse ilustre personagem. Muitas dessas histórias são inventadas, mas não deixam de ser incríveis.
Nascido na cidade de Botucatu andou por todo interior de São Paulo, inclusive pela cidade de Cravinhos. Dizem que, desde a infância, Dioguinho participava de várias brigas, inclusive na escola, e, com o passar do tempo, se tornou o assassino mais famoso da nossa região.
Apesar da fama de assassino cruel, algumas pessoas o defendem, dizendo que ele era um elegante justiceiro, uma espécie de “Robin Hood” brasileiro que roubava dos ricos para dar aos pobres.
Entre tantas histórias e crimes, muitos dizem que a primeira vítima foi o namorado de uma de suas irmãs, morto a facadas. Depois vieram outros, e, quando já era um dos assassinos mais procurados pela polícia, Dioguinho chegou, veio morar em Cravinhos.
Para não ser pego, fazia túneis subterrâneos pelas fazendas e morros da região. Entre esses morros, ele gostava mais de um, que ainda hoje é chamado: Morro do Dioguinho.
Cansado de tantos crimes o chefe de polícia Francisco Martiniano da Costa Carvalho mandou Antônio de Godói Moreira da Costa (o 4° delegado auxiliar da capital) organizar a captura do bandido, vivo ou morto.
Dioguinho fugiu com seu irmão para a fazenda Santa Eudoxía e de lá foram para a casa de um parente distante. Assim que descobriram onde supostamente Dioguinho estava, foram até lá e obrigaram que dissessem o seu paradeiro.
Dessa forma, foi criado um plano de captura. Encontrado o fugitivo, houve uma troca de tiros, onde Dioguinho caiu nas águas do rio, enquanto seu irmão tentava fugir em uma canoa, ferido.
De acordo com notícias da época ele foi morto no rio Mogi Guaçu, em terras da fazenda Santa Eudoxia, município de São Carlos.
No entanto, o corpo de Dioguinho nunca foi encontrado e, por isso, muitas pessoas não acreditavam na sua morte. Sendo assim, seu “fantasma” metia medo e estimulava o imaginário das pessoas.
Diogo da Rocha Figueira foi, é, e sempre será uma lenda da nossa região. Dividindo opiniões e impressionando a todos com suas aventuras, sejam elas boas ou más.
AUTORES(AS):
Amanda Nogueira Meneghin
Fransuéli Nascimento Albuquerque
Mayara Soares Geloni
Emanuel Vitor Ferreira dos Santos
Juliano Cesar Batista de Lima
Ricardo dos Reis Junior
História retirada do “Projeto Nossa História na Biblioteca: Algumas Histórias de Cravinhos“
