Fotografar é a arte de registrar sorrisos, expressões e eternizar momentos que contam histórias. Quando essa arte é direcionada para os bebês tudo se torna ainda mais encantador. Porém, engana-se quem acredita ser tarefa fácil. Fotografar bebês exige, além de domínio dos equipamentos, conhecer a fisiologia deles e encontrar maneiras para que eles se sintam confortáveis e seguros.
Mesmo sabendo de todas as particularidades, há aproximadamente 9 anos, Cravinhos tem sido agraciada com o trabalho da jovem Francine Garcia de Oliveira, 27 anos, que tem abraçado centenas de famílias e registrado os primeiros momentos de seus bens mais preciosos: seus bebês.
Querida pelas crianças, pelos pais e por todos àqueles que têm a oportunidade de serem capturados pela sua lente, a forma como Francine enxerga a fotografia, alinhada ao comprometimento, trabalho duro e atenção aos detalhes, tem sido o diferencial da profissional. “Ser fotógrafa é muito mais que uma profissão, é o jeitinho que encontrei de guardar o que faz o coração bater mais forte: um sorriso sincero, um olhar carinhoso, uma mãozinha que se apoia na outra, um momento que passa rápido demais”, explicou.
O início de tudo
Foi junto à família, com o intuito de eternizar os momentos vividos ao lado da bisavó, que Francine deu os primeiros passos naquilo que, mais tarde, seria sua profissão. “Meu interesse pela fotografia começou de forma muito íntima e afetiva. Meus primeiros registros fotográficos nasceram ao lado da minha bisavó. Eu sentia um desejo quase instintivo de guardar cada detalhe: o sorriso, os gestos cheios de história, a maneira como ela era”, disse.
“Registrar esses momentos era, para mim, uma forma de eternizar o amor e o vínculo que compartilhávamos. Guardar nossos momentos em família, eu registrava todos os passos da nossa família”, contou a profissional.
As fotos capturadas no meio familiar impulsionaram Francine e a fizeram compreender que ela podia ir além e descobrir novos mundos. “Com o tempo, percebi que o olhar atento que eu tinha não se limitava apenas às memórias familiares, eu também tinha uma sensibilidade natural para a estética, especialmente para o universo da Moda. Ter esse olhar diferenciado despertou em mim a certeza de que a fotografia poderia ser mais do que paixão, poderia se tornar profissão”.
Encantada com o universo da Moda, com apenas 16 anos Francine decidiu adquirir mais conhecimento e se especializar. “Quando comecei a conhecer mais sobre Moda, decidi me aprofundar e fazer um curso técnico em processos fotográficos. Meu objetivo era ampliar minha visão e aperfeiçoar a técnica. Até então, eu que via a fotografia somente como paixão e diversão, passei a entender que poderia ser minha profissão, expressão e propósito”.
Reviravoltas
A vida é feita de situações inesperadas e com Francine não foi diferente. No caminho para se profissionalizar aconteceram coisas que ela não cogitava. Ao conhecer com mais afinco a área que até então almejava, a fotógrafa viu que teria que fazer sacrifícios que ela não estava preparada. “Ao entrar mais profundamente no mercado da estética, percebi uma realidade importante: o cenário da moda, apesar de encantador, era muito escasso na minha região e eu não desejava me mudar apenas para tentar me encaixar nesse nicho”.
Após constatar que ser fotógrafa de Moda não seria uma opção viável, Francine foi surpreendida pela vida quando começou a trabalhar com uma fotógrafa de bebês, uma área completamente diferente do que tinha imaginado. “Com a mudança de área, eu comecei a trabalhar em duas empresas especializadas em fotografia de bebês e, em um desses ambiente, descobri algo que transformou completamente minha trajetória”.
Depois de alguns meses como auxiliar, Francine foi desafiada a conduzir o estúdio sozinha e o que a princípio deveria ter sido assustador, foi uma verdadeira reviravolta profissional para a jovem. “Em uma das empresas que trabalhei, conheci uma fotógrafa chamada Pati Conelian. Trabalhei com ela por alguns meses, porém ela teve que se ausentar e eu tive de tomar conta de tudo sozinha. Ali, entre sorrisos miúdos, delicadezas e famílias inteiras vibrando por cada ensaio, encontrei um propósito que dialogava diretamente com aquilo que me trouxe até a fotografia: a emoção, a sensibilidade e o poder de eternizar instantes que nunca mais se repetem.”
Sementes que frutificam
Ela que vê a fotografia não só como um trabalho, mas como uma pausa para contemplar os detalhes da vida e ter um respiro diante da correria cotidiana, hoje tem colhido os frutos das sementes lançadas pelo caminho percorrido até aqui. “Receber o carinho e reconhecimento das famílias que já fotografei me faz sentir que cada passo, cada esforço e cada história registrada aqui fazem parte de algo maior. Ser referência é carregar com amor a confiança de quem me acompanha”.
Marcar a vida de famílias é o combustível que tem impulsionado Francine Garcia a crescer e em 2026 não será diferente. A fotógrafa pretende continuar avançando e oferecendo o melhor a cada bebê que tiver a oportunidade de fotografar. “Em 2026, quero continuar investindo em cursos de gestante para aprimorar ainda mais esse trabalho e, quem sabe, tentar um espaço maior, uma experiência ainda melhor. Conto com uma ótima equipe que está alinhada para buscar grandes projetos.”
Diante de tudo o que a vida tem ofertado à Francine, uma palavra que define seu sentimento é gratidão. “Eu sou muito grata por tudo e guardo cada pessoa que passa pelo estúdio com muito carinho. Obrigada por acreditarem em mim, por confiarem no meu olhar e por fazerem parte da minha história”, comemorou.
Reportagem: Crislaine Messias












